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| Título: | Biblioteca Nacional | | Data(s): | 1810-1991 | | Dimensão e Suporte: | ca 4.200 documentos | | História Administrativa / Biografia: | A Biblioteca Nacional constituiu-se, a princípio, da livraria que D. José I, rei de Portugal, mandara organizar, a fim de substituir a Real Biblioteca da Ajuda, fundada por D. Duarte e destruída com o terremoto de Lisboa a 1/11/1755, no incêndio do Paço da Ribeira. Entre 1770 e 1773, o acervo se enriquecera com as preciosidades sabiamente reunidas numa coleção de 5.764 volumes, doados ao Rei pelo bibliófilo Diogo Barbosa Machado, abade de Santo Adrão de Sever. æquela biblioteca de D. José também se incorporou a livraria do Colégio de Todos os Santos, da ilha de S. Miguel e, em grande parte, a chamada "do Infantado", vindo todo esse conjunto para o Rio de Janeiro, quando, fugindo à invasão de Portugal pelas forças napoleônicas de Junot, aqui desembarcaram D. João VI, a rainha D. Maria I e demais membros da família real (1807-1808). Pelo decreto de 27/6/1810, D. João VI havia ordenado a colocação desse acervo total, com a designação de Real Biblioteca, nas casas do Hospital da Ordem Terceira do Carmo, à rua Direita (hoje, Primeiro de Março), entre a igreja do Carmo e a Capela Imperial (mais tarde, Catedral). Verificando, logo após, a incomodidade do local, por novo decreto, de 29/10/1810, mandou acomodar a biblioteca no lugar que havia servido de catacumba aos Religiosos do Carmo. Essa última data é que marca a instalação efetiva da Biblioteca e é a considerada como a da sua fundação. Somente a partir de 1814, porém, foi franqueada ao público a livraria, contando então com mais de 60.000 volumes. Com o retorno dos Bragança à Europa, aqui ficou a Real Biblioteca do Rio de Janeiro, que passou a ser propriedade do Estado pelo tratado de 29/8/1825, feito entre Portugal e Brasil, por ocasião do reconhecimento de nossa Independência. Em 1878, a instituição passa a chamar-se Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Em 1982, passa a integrar a estrutura da Fundação Nacional Pró-Memória, e, em 1987, passa à Fundação Nacional Pró-Leitura. Pelo decreto nº 99.492, de 3/9/1990, passa a denominar-se Fundação Biblioteca Nacional, vinculada à Secretaria da Cultura da Presidência da República. | | Âmbito e Conteúdo: | Correspondência, documentação contábil e de pessoal, inventários patrimoniais, registro de usuários e eventos, relatórios e livros de registro de entrada de acervo. | | Notas: | Ver também Coleção Frei Camilo de Montserrat e Coleção Decimal. | |
